Depois de duas semanas, estou de volta! Perdoem o ‘´hiato’, mas vida de gente grande é chata e difícil, às vezes hehehe Voltando à ativa, resolvi compartilhar uma das minhas maiores paixões com vocês ;)
Se tem uma coisa que eu gosto de fazer, é dançar. Me jogar na pista de dança ou ser conduzida por um bom parceiro . É como se ritmo entrasse nos meus ouvidos e se misturasse com minha corrente sanguínea, sei lá… É estranho explicar .
Porque eu estou fazendo essa introdução? Para dizer a vocês que dançar é uma das melhores maneiras de extravasar, relaxar, conhecer pessoas novas. Enfim, parodiando aquela marca de rações para animais: Dançar é tudo de bom!
Eu já passei por alguns tipos de dança: folclórica (na escola), dança de salão, fiz pouquíssimas aulas de flamenco… E no ano passado eu resolvi que era a hora de enveredar por um ritmo que eu ainda não tinha experimentado, mas que eu sempre quis. Sim, bem antes da febre “O Clone” eu já tinha fascinação pela cultura árabe e principalmente pela música e dança. Então resolvi encarar a Dança do Ventre.
E para quem tem em mente somente a imagem da Jade, saibam que existem diversos “tipos” de Dança do Ventre: a dança árabe, egípcia, hindu, havaiana e a modernosa tribal (tão rica, que merece um post só dela). A mais comum é a árabe/egípcia que é essa que eles tentam mostrar no Clone. – e a que eu pratico.
A origem da dança do ventre (árabe/egípcia) não é um consenso. Não se pode afirmar exatamente onde surgiu (se Egito ou região do Oriente Médio), mas todos concordam que sua primeira função estaria ligada aos cultos de fertilidade em honra à Grande Deusa (ou á sua imagem nas culturas). Como sou uma estudiosa do sagrado feminino (sim, cientistas da religião não se limitam ao cristianismo hehehe), a Dança do Ventre me pegou de jeito.
Não é só mexer a barriguinha e fazer caras e bocas… Não mesmo! Dança do ventre tem toda uma filosofia e a disciplina é fundamental para quem quer ser uma boa bailarina. A discrição é fundamental, ou seja, não se pode ficar deslifando na rua com a roupa, ou dançando em qualquer lugar, isso vulgariza a dança; para resolver estes problemas as companhias de Dança Árabe sempre fazem festinhas e abrem espaços apropriados para apresentações. À propósito, quem faz Dança do Ventre não é Odalisca, mas sim bailarina. Odaliscas são as… Digamos, “profissionais do amor” na cultura árabe, portanto, para uma bailarina de Dança do Ventre, essa denominação é totalmente inapropriada.
Outro mito a ser derrubado, é de que Dança do ventre é uma dança sexual. Esse tipo de dança mexe com a feminilidade, mas não é uma mera arma de sedução (embora possa ser utilizada, mas não exclusivamente para isso). As mulheres árabes costumam dançar para suas famílias e maridos, sem vulgaridades. A partir desta dança, a mulher passa a conhecer seu próprio corpo e a lidar com ele.
Mais uma mentirinha que vai pro chão: Dança do Ventre não ‘´“quebra barriga”. Já ouvi muitas pessoas dizendo que não fazem Dança do Ventre porque não querem ficar barrigudas. Gente, vejam as bailarinas… Todas com uma bela constituição física, porque a dança mexe muito com os músculos abdominais. Agora, não esperem ficar tanquinho ou bombadas. Não é uma dança de explosão. É sim um bom exercício físico, porque todos os músculos estão envolvidos nos movimentos. Tende a deixar o corpo mais feminino mesmo, arredondado (lembrem das deusas da fertilidade). E só magrinhas podem dançar? Claro que não! Outra coisa a se mencionar é que o ideal de beleza árabe é diferente do ocidental, então, para eles mulher tem que ter ‘´carne’. A Dança do Ventre nos ajuda a aceitar nosso corpo e a valorizá-lo.
Existem diversos instrumentos que podem ser utilizados na Dança: véus, espadas, serpentes, candelabros, taças e bengalas. E por incrível que pareça, somente dois deles são originários do Oriente, a bengala – no caso, bastões – e os candelabros, os primeiros usados em uma dança folclórica (Said) e o segundo em festivais e festas de casamento. Todos os outros instrumentos são invenções dos Ocidentais, para incrementar a dança (mas, um véu bem utilizado fica lindo).
E para finalizar (porque o post está ficando um pouco extenso – ops!), os benefícios da dança do ventre vão além da auto-estima: auxilia nos problemas digestivos (prisão de ventre, galera), tende a diminuir as cólicas menstruais e prepara o corpo da mulher para o parto, já que fortalece os músculos da região pélvica.
Então, viram como a Dança do Ventre é ‘mara’ e só traz benefícios? Fora que é linda de se ver! As roupas são deslumbrantes, muito brilho e muita fluidez. Maquiagem e acessórios são parte fundamental da indumentária. Sem muito riquifife nos cabelos (soltos, porque eles são parte da dança também). E eu garanto que a vergonha inicial é ultrapassada rapidinho. Logo você vai querer dançar muito! Minha primeira apresentação foi com um mês de dança, e foi muito bom!
Então se joguem e venham compartilhar conosco, ok?
Beijos!
3 Comments
Michelli
26 de maio de 2011 at 3:08 pmeu começei no início do ano e to adorando! Até fiz post no Chocottone sobre a dança! Uma delícia!
Natália Linhares
26 de maio de 2011 at 3:31 pmAinnn… Eu já estava pensando seriamente em me tornar praticante da dança do ventre, depois de ler o post então, estou com vontade de correr agora pra uma academia de dança. hahahaha Muito legal o posto, hein?! Parabéns!
Marcinha
28 de maio de 2011 at 12:41 amA garotinha na plateia do terceiro vídeo é como eu, morre de vontade mas não tem noção de como faz…
hahahaha
Beijo gatam.